quinta-feira, novembro 30, 2006

A GRANDEZA DO MAR



Você sabe por que o mar é tão grande? Tão imenso? Tão poderoso?
É porque teve a humildade de colocar-se alguns centímetros abaixo de todos os rios.
Sabendo receber, tornou-se grande.
Se quisesse ser o primeiro; centímetros acima de todos os rios, não seria mar, mas sim uma ilha. Toda sua água iria para os outros e estaria isolado.
A perda faz parte.
A queda faz parte.
A morte faz parte.
É impossível vivermos satisfatoriamente.
Precisamos aprender a perder, a cair, a errar e a morrer.

Impossível ganhar sem saber perder.
Impossível andar sem saber cair.
Impossível acertar sem saber errar.
Impossível viver sem saber viver.

Se aprenderes a perder, a cair, a errar, ninguém mais o controlará.
Porque o máximo que poderá acontecer a você é cair, errar e perder.
E isto você já sabe.
Bem aventurado aquele que já consegue receber com a mesma naturalidade
o ganho e a perda...
o acerto e o erro...
o triunfo e a queda....
a vida e a morte.

Paulo Roberto Gaefke

terça-feira, novembro 28, 2006

SAUDADE

"Êee saudadee.. que bate no meu coração!"

Saudade de alguém que já se foi.

Saudade de alguém que ainda está mas está longe.

Saudade das palavras de outrora.

Beijos; abraços; risos; sorrisos; MOMENTOS.

SAUDADE e VONTADE de voltar ao tempo, não para modificar o passado,

e sim para reviver os principais momentos, com maior intensidade e valorização.

Saudade de SI MESMO.

Saudade só sente quem AMA !

Todo o ser humano está propenso a sentir saudade !

Pois cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração !

quinta-feira, novembro 23, 2006

Ao que vai chegar

Voa, coração
a minha força te conduz
que o sol de um novo amor em breve vai brilhar
Vara a escuridão, vai onde a noite esconde a luz
Clareia seu caminho e acende seu olhar
Vai onde a aurora mora e acorda um lindo dia
colhe a mais bela flor que alguém já viu nascer
e não se esqueça de trazer força e magia,
o sonho e a fantasia, e a alegria de viver
Voa, coração que ele não deve demorar
e tanta coisa a mais quero lhe ofe recer
O brilho da paixão, pede a uma estrela pra emprestar
e traga junto a fé num novo amanhecer
Convida as luas cheia, minguante e crescente
e de onde se planta a paz,
da paz quero a raiz
E uma casinha lá onde mora o sol poente
pra finalmente a gente simplesmente ser feliz.

Toquinho

terça-feira, novembro 21, 2006

A mulher que perdeu o seu amor

A mulher que perdeu o seu amor é alguém de quem amputaram o ar e ela não morreu. Carrega a marca da amputação no ritmo da respiração e num certo modificar do olho. Fica pesado, mais manso e lento, nega-se a olhar o mundo, a rir, a ver cores. A mulher que perdeu o seu amor é alguém cujo riso virou soluço e a recordação faz-se suspiro.
A mulher que perdeu o seu amor é alguém com óculos de ver eclipse na alma. Fica com olhar de rinoceronte em olho de cambaxirra.
Estranho e lindo esse ar sofrente de que ficam todas as mulheres que perderam seu amor. É marca que as acompanha como ruga ou expressão, pelo resto da vida. Marca irreversível, chaga, cicatriz, verruga espiritual. Podem amar de novo, melhor até. Mas jamais deixará de doer uma pontinha daquele sentimento feito impossível e daquela esperança fermentada.
A mulher que perdeu o seu amor sofre mais do que a que (ainda) não pôde viver o seu amor. Esta vive a dor do que não tem. Aquela, vive a dor de já não ter. Quem não tem e quem ainda não tem sofre menos do que quem já não tem.O terrível é que a perda do amor é o preço inevitável e doloroso do pedágio pago para a estrada do conhecer-se. A mulher que perdeu seu amor é alguém que melhora depois, pois se descobre, abre a cabeça, os músculos, os poros. Começa a entender a vida, a ficar mais livre, a punir-se menos e a saber que vale algo.
Passado o luto moral, a fase da fossa, a fossa da fase, o fechado pra balanço, o balanço vem. A ferro e fogo, à amargura e desvario, mas vem. E traz uma visão melhor de si mesma e de tudo o que é e representa. Instala-se um saudável egoísmo e muito mais altruísmo, paradoxalmente.
A mulher que perdeu o seu amor é um paralítico que sai pra luta e nela se cura. Se o amor era a deliciosa cegueira, a perda dele ensina a ver no escuro. A ler nos solavancos do ônibus da vida, a aprender a lição das greves interiores, entender que é preciso melhorar mesmo sabendo que nunca mais será igual.
Mistura de vítima e ressureta , a mulher que perdeu seu amor é alguém muito lindo, porque é um ser com a delicadeza de sentir feita carne no açougue existencial, no qual pendura as suas verdades e ofertas: ali aquela angústia; no outro gancho, a lembrança daquela tarde; na vitrine aquele sorriso e a lembrança do momento em que se descobriu amando; no frigorífico aquela delicadeza interior não-entendida ou aquela falta de medo de sofrer; no gancho maior aquela capacidade de se entregar inteira.A mulher que perdeu o seu amor é linda não por sofrer, mas porque sofre por ter sabido ser feliz...
A mulher que perdeu o seu amor é uma mergulhadora preocupada com a beleza e a entrega do salto sem a preocupação de saber se há água embaixo. A capacidade de amar o salto e o vôo fá-la merecedora de ternura e admiração. Enamorada, ela fica pássaro. Abandonada, ela vira gente melhor. Terrível disjuntiva!
Ah, se fosse possível dizer para cada mulher que perdeu o seu amor que mesmo sofrendo assim, valeu a pena! Que a dor vai passar e com cicatrizes ela será melhor e mais bonita amanhã, amará melhor o seu amor, aquém redescobrirá sem hipnose e a quem valorizará ainda mais porque capaz de o sentir e viver sem cobrar, exigir ou sofrer.
Ah, se fosse possível nada lhe dizer e apenas oferecer o ombro para que no ninho dele se sinta protegida e segura, porque a mulher que perdeu seu amor é a criança em busca dos pais, da casa. É a menina fugindo do bicho-papão que existe e assusta, mas que some e se dissolve se há proteção sincera. Por uma estranha disposição do carinho humano, a mulher que perdeu o seu amor é sempre chamada por diminutivo ou pelo apelido carinhosos por quem a consola. Ela fica criança na ante-sala do amadurecer.
A mulher que perdeu o seu amor é , por fim, alguém que descobre seu erro e delírio para crescer no acerto doloroso de se saber incompleta e imperfeita, por isso mais mulher.
Ela era melhor e saiu perdendo. Piorou. Mas ficou pior para sair ganhando, logo, melhorou graças à piora, nessa eterna dialética do ser no sentido da integração. A mulher que perdeu o seu amor é o enigma encarnado.
A mulher que perdeu o seu amor traz, ademais, essa grande lição de vida: é capaz de contemplar o nunca mais, de frente e , ainda e uma vez, dizer-se, sonhando: pode ser.
E sempre pode. Tudo começa outra vez.
Para ficar com a própria verdade talvez seja necessário perder um amor que não corresponda a verdade profunda do ser.
Texto de Ártur da Távola

sábado, novembro 18, 2006

FELIZ ANIVERSÁRIO PARA MIM...

Soneto de Aniversário
Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envelhecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.

Vinícios de Moraes

quinta-feira, novembro 16, 2006

The Colour of my love

I'll paint my mood in shades of blue
Paint my soul to be with you
I'll sketch your lips in shaded tones
Draw your mouth to my own

I'll draw your arms around my waist
Then all doubt I shall erase
I'll paint the rain that softly lands on your
wind-blown hair

I'll trace a hand to wipe out your tears
A look to calm your fears
A silhouette of dark and light
While we hold each other oh so tight

I'll paint a sun to warm your heart
Swearing that we'll never part
That's the colour of my love
I'll paint the truth

Show how I feel
Try to make you completely real
I'll use a brush so light and fine
To draw you close and make you mine

I'll paint a sun to warm your heart
Swearing that we'll never part
That's the colour of my love
I'll draw the years all passing by

So much to learn so much to try
And with this ring our lives will start
Swearing that we'll never part
I offer what you cannot buy
(Celine Dion)

Uma das mais belas músicas que já ouvi. A letra dela é maravilhosa. Posto abaixo para quem não sabe inglês.

A COR DO MEU AMOR

Eu pintarei meu estado de espírito em tons de azul

Pintarei minha alma para estar com você

Eu esboçarei seus lábios em tons sombreados

Desenharei sua boca para a minha

Eu desenharei seus braços ao redor da minha cintura

Então todas as dúvidas eu apagarei

Eu pintarei a chuva que suavemente pousa

do seu cabelo soprado pelo vento

Eu traçarei uma mão para enxugar suas lágrimas

Um olhar para acalmar seus medos

Um silhueta de penumbra e luz

Enquanto nós abraçamos um ao outro, tão apertado

Eu pintarei um sol para aquecer seu coração

Prometendo que nós nunca nos separaremos

Esta é a cor do meu amor

Eu pintarei a verdade

Mostrarei como me sinto

Tentarei te fazer completamente real

Eu usarei um pincel tão leve e fino

Para desenhar você pertinho e te fazer meu

Eu desenharei os anos passando por nós

Tanto a aprender, tanto a ganhar

E com este círculo, nossas vidas começarão

Prometendo que nós nunca nos separaremos

Eu ofereço aquilo que você não pode comprar

Amor devotado até que morramos...

Dedico essa música a uma pessoa muito especial. Uma pessoa que muito me marcou e que nunca esquecerei.


domingo, novembro 12, 2006

I swear (tradução) - All 4One

EU JURO

Eu juro pela lua e pelas estrelas nos céus
E eu juro como a sombra que está ao seu lado
Eu vejo as perguntas nos seus olhos
Eu sei o que está pesando na sua mente
Você pode ter certeza que eu conheço meu coração
Porque eu estarei ao seu lado pelos anos
Você chorará somente aquelas lágrimas felizes
E embora eu cometerei enganos
Eu nunca partirei seu coração

E eu juro pela lua e pelas estrelas nos céus
Eu estarei lá
Eu juro como a sombra que está ao seu lado
Eu estarei lá

Na saúde e na doença até que a morte nos separe
Eu te amarei com todas as batidas do meu coração
E eu juro
Eu te darei tudo o que posso
Eu construirei seus sonhos com estas duas mãos
Nós teremos algumas recordações nas paredes
E quando só nós dois estivermos lá
Você não terá que perguntar se eu ainda me importo
Assim como o tempo vira a página,
meu amor não envelhecerá nada

sexta-feira, novembro 10, 2006

Simples confusão

Nada mais parece fazer sentido
Os dias apesar de claros
Parecem tão sombrios
E os sorrisos tão frios...

Tudo parece ter mudado
O barulho sem mais nem menos
Se fez silêncio
E a alegria se fez tristeza...

Nada mais parece fazer sentido
Tudo parece ter mudado
O riso calado...

Simplesmente observa esta cena,
na qualTudo se faz nada.....
Simples confusão...

terça-feira, novembro 07, 2006

Voltando...

Amigos, perdoem-me a ausência. Mais uma vez tive problemas com o PC e por conta disso fiquei sem net alguns dias , que pareceram uma eternidade. rsrs

Mas já estou de volta e para variar deixo uma mensagem que li agorinha mesmo em uma comunidade do Orkut. É uma mensagem cuja autora dedicou à avó. Espero que gostem!

Um grande abraço a todos e boa semana!


ALMAS PERFUMADAS

(Para minha avó Edith)

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.

Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas,pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.

Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro.

Costumo dizer que algumas almas são perfumadas, porque acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia. Minha avó era alguém assim. Ela perfumou muitas vidas com sua luz e suas cores. A minha, foi uma delas. E o perfume era tão gostoso, tão branco, tão delicado, que ela mudou de frasco, mas ele continua vivo no coração de tudo o que ela amou. E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que, numa temporada, se vestiu de Edith, para me falar de amor.


Ana Cláudia Saldanha Jácomo