sexta-feira, outubro 12, 2012

Fui uma criança feliz!



Atendendo à ideia proposta pela Beth do blog Mãe Gaia o post de hoje será em homenagem à criança. Quem foi a Clécia criança? Foi uma menina alegre, brincalhona e bastante tímida. Uma menina que amava o mundo da fantasia e era simplesmente apaixonada pelo Sítio do Picapau-Amarelo, programa que passava na TV no final das tardes de segunda a sexta. Não perdia um só capítulo. É uma pena que as crianças de hoje estejam mais ligadas em tecnologia e não apreciem as boas coisas da vida. As brincadeiras saudáveis de antes eram um estímulo a nossa imaginação. Lembro que brincava tranquilamente na rua sem perigo de nada. Só não podia sair do quarteirão onde ficava a minha casa. Os pais eram super cuidadosos e rígidos. E mais: só podia brincar depois de ter feito todas as tarefas escolares. Geralmente à noite juntava todas as crianças da rua e brincávamos de corre-corre, de estátua, pembarra, esconde-esconde, queimado, chicote queimado e muito mais. Em casa, eu e minhas duas irmãs brincávamos de boneca, de montar quebra-cabeças e tantas outras brincadeiras. A imaginação rolava solta. 

 Eu e minha diversão favorita. Andar de velocípede! :)
 Minhas duas irmãs e eu
 Eu
                                                               Eu com dois aninhos

Hoje a conclusão que tiro é de não há melhor época que a nossa infância. É uma época deliciosa que não volta mais, mas nós podemos manter viva em nossa memória a lembrança da criança que fomos. Eu fui uma criança feliz!

quinta-feira, outubro 04, 2012

Mensagem de Osho

Até a tristeza pode se tornar um florescimento

A tristeza é triste porque você não gosta dela. Ela é triste porque você não gosta de senti-la. Ela é triste porque você a rejeita. Até a tristeza pode se tornar um florescimento de grande beleza, de silêncio e profundidade, se você gostar dela.

Nada é errado. É assim que tem de ser, ser capaz de gostar de tudo o que acontece, até da tristeza. Até a morte tem de ser amada; só assim você conseguirá transcendê-la. Se conseguir aceitar a morte, se conseguir amá-la e recebê-la bem, a morte não pode matar você; você a transcendeu.

Quando a tristeza vier, aceite-a. Ouça a sua canção. Ela tem algo para lhe dar. Trata-se de uma dádiva que felicidade nenhuma pode lhe oferecer; só a tristeza pode.

A felicidade é sempre superficial; a tristeza é sempre profunda. A felicidade é como uma onda; a tristeza é como as profundezas do oceano. Na tristeza, você fica consigo mesmo, sozinho. Na felicidade, você começa a acompanhar outras pessoas e começa a compartilhar. Na tristeza, você fecha os olhos e mergulha fundo dentro de si mesmo.

A tristeza tem uma canção... ela é um fenômeno extremamente profundo.

Aceite-a. Aproveite-a. Prove-a sem nenhuma rejeição e você verá que ela lhe traz muitas dádivas que nenhuma felicidade pode trazer.

Se você conseguir aceitar a tristeza, ela deixa de ser tristeza; você dá um novo caráter a ela. Você crescerá por meio dela. Ela não será mais uma pedra, uma rocha no caminho, bloqueando a passagem; ela será um passo.

E lembre-se sempre: aquele que nunca sentiu uma tristeza profunda é uma pessoa pobre. Ele nunca terá riqueza interior. A pessoa que sempre viveu feliz, sorrindo, com frivolidade, não entrou no templo interior do seu ser. Ela não conhece o santuário interior.

Seja sempre capaz de ir para todas as polaridades. Quando a tristeza vier, fique realmente triste. Não tente fugir dela – permita-a, coopere com ela. Deixe que ela se dissolva em você e você se dissolverá nela. Deixe que você e ela sejam uma coisa só. Fique realmente triste: sem resistência, sem conflito e sem luta.

Quando a felicidade vier, fique feliz: dance e fique extasiado. Quando a felicidade vier, não tente se agarrar a ela. Não diga que ela tem de durar para sempre; assim você a perderá. Quando a tristeza vier, não diga: "Não venha", ou "Se tem de vir, por favor venha logo". Assim você deixa de aproveitá-la.

Não rejeite a tristeza e não se apegue à felicidade.

Logo você entenderá que a felicidade e a tristeza são dois aspectos da mesma moeda. Então você verá que a felicidade também traz em si uma tristeza e a tristeza traz em si uma felicidade.

Então o seu interior fica mais rico. Você pode desfrutar de tudo: da manhã e do entardecer também, da luz do dia e da escuridão da noite, do dia e da noite, do verão e do inverno, da vida e da morte – você pode desfrutar de tudo.

Osho, em "O Livro do Viver e do Morrer: Celebre a Vida e Também a Morte"


Demorei para entender isso, mas entendi.  Ainda que o momento seja de tristeza precisamos saber que logo a felicidade baterá à nossa porta. É sempre assim. A felicidade não mora em ninguém, ela é visitante e sempre dará espaço para a dona tristeza visitar também. Nós só precisamos entender isso: felicidade plena não existe. Viver é equilibrar os dois pólos: alegria e tristeza.